quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sindicato dos Comerciários elabora Moção de Apoio à REG

SECGR – URANDI, GUANAMBI E REGIÃO
SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE URANDI
BASE TERRITORIAL: Caculé, Caetité, Candiba, Condeúba, Cordeiros, Guajeru, Guanambi, Ibiassuce, Igaporã, Iuiú, Jacaraci, Lagoa Real, Lacínio de Almeida, Matina, Mortugaba, Palmas de
Monte Alto, Pindaí, Piripá, Rio do Antonio, Sebastião Laranjeiras e Urandi.
E-mail secgr@bol.com.br
CNPJ- 06042849/0001-04
ENDEREÇO URANDI: Rua Áurea, nº. 50, Bairro DC–5. CEP: 46350-000.
ENDEREÇO GUANAMBI: Rua Maria Quitéria, 141- Centro Guanambi-ba. CEP: 46430-000 FONE / FAX (77) 34511210 / 91993211


MOÇÃO DE APOIO




O Sindicato dos Empregados no Comércio de Urandi / Guanambi e Região, entidade representativa dos trabalhadores no comércio, tomou conhecimento recentemente dos acontecimentos que empolgaram nos últimos dias os Moradores da REG. Entendemos ser este um momento histórico para a luta da casa própria, e não podemos deixar de prestar nossa solidariedade aos moradores e seus familiares que se empenharam neste processo.

Viemos a público por meio desta moção não apenas deixar registrado nosso total apoio a este movimento, mas também para somar forças nessa empreitada. Já não é de hoje os diversos ataques que os moradores da REG sofrem por parte de um locutor de uma Rádio de Guanambi que estar sozinho e não fala em nome da imprensa, covarde e inimigo dos estudantes que ousou se erguer contrário aos interesses da comunidade estudantil e dos moradores da REG, porém não sem encontra resistência.

O Sindicato é parceiro de todos e todas que lutam por uma educação gratuita e de qualidade.
Colocamo-nos à disposição dos companheiros da REG para tudo que estiver ao nosso alcance nessa que é mais uma das muitas batalhas que juntos travaremos na luta por um sistema educacional gratuito na sua amplitude que sirva aos interesses do povo, e não daqueles que exploram o povo.



Alípio de Oliveira Guimarães Filho
Presidente
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Prefeitura de BH assume o compromisso de implantar o meio passe em 2010


Após muito debate e muita pressão do movimento estudantil, incluindo a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), a Prefeitura de Belo Horizonte se comprometeu a apresentar à Câmara Municipal o projeto de lei que institui o meio-passe na cidade.

O anúncio foi feito pelo secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação, Helvécio Miranda Magalhaes Jr., durante ato político Em defesa de 50% do Fundo Social do Pré-sal para Educação do 38º Congresso da UBES, realizado neste sábado, 12, no Mineirinho. A medida é uma reivindicação histórica, pois Belo Horizonte é única cidade do país que ainda não concede o beneficio aos estudantes.


"Até fevereiro, após dialogarmos com as entidades, vamos apresentar à Câmara o projeto de lei, resgatando essa dívida histórica com os estudantes de BH", afirmou o secretário, que representou o prefeito Marcio Lacerda no ato.


Também participaram do ato político Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social; Haroldo Lima, presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo); Jô Moraes, deputada federal (PC do B-MG); Reginaldo Lopes, deputado federal e presidente do PT-MG; os deputados estaduais Carlos Gomes e Carlim Moura; Macaé Maria Evaristo, secretária Municipal de Educação; Cristina de Castro, secretária geral da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino); Ismael Cardoso, presidente da UBES; Augusto Chagas, presidente da UNE; e Hugo Valadares, presidente da ANPG (Associação Nacional dos Pós-graduandos).


Em seu pronunciamento, o presidente da ANP, Haroldo Lima, lembrou que o memorável slogan O Petróleo é nosso foi criado em uma assembleia conjunta entre a UNE e a UBES e destacou que é a favor da reivindicação do movimento estudantil de que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à educação. "Precisamos reforçar a educação da juventude em um nível muito elevado", afirmou.


Já o ministro Patrus Ananias, relembrou sua trajetória no movimento estudantil, que teve início em 1966, e afirmou que "esse encontro [Congresso da UBES] me fez sentir renascer no coração a certeza de que estou no caminho certo", disse, destacando ainda que o petróleo é instrumento de afirmação da soberania do Brasil e que o pré-sal será fundamental para a emancipação do povo brasileiro.


Citando Monteiro Lobato, um grande defensor do petróleo brasileiro, o presidente da UBES, Ismael Cardoso, ressaltou que o próximo período será de muita luta para o movimento estudantil. "Os estudantes e a sociedade vão ter que ocupar as ruas para dizer que o petróleo é nosso e será usado na educação", disse.


Fazendo coro à afirmação do líder secundarista, o presidente da UNE, Augusto Chagas, falou que chegou a hora da juventude acreditar que é possível transformar o Brasil. "Isso se dará por meio dessa riqueza fundamental que é o pré-sal."


Para garantir que a partilha dos recursos do Fundo do pré-sal contemplem a educação, a deputada federal Jô Moraes convocou todos os estudantes a cobrarem os parlamentares que estão discutindo o assunto na Câmara.


Para reafirmar a importância de garantir a destinação dos recursos para a educação, foi realizada uma partilha durante o ato, com a entrega de um barril de petróleo simbólico aos membros da mesa e a um estudante de cada Estado do país.


Em defesa da meia entrada



O ato contou ainda com uma manifestação em defesa da meio entrada. Numa carta, em que pede uma nova legislação para a meia entrada no país, a UBES convocou os estudantes brasileiros "a unificar a sua voz junto ao Congresso Nacional para reconquistarmos o direito pleno à meia entrada."


O ato político foi finalizado com a apresentação do Hino da Independência nas belíssimas vozes de Lilian Assunção e Paulo Henrique, da Associação de Músicos do Coral Lírico de Belo Horizonte.


Congresso: plenária final

Cerca de 2.300 estudantes de todas as regiões do país participam até domingo, 13, do Congresso que acontece na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Eles terão a missão de escolher o novo presidente e a nova diretoria da entidade sexagenária.


Fonte: Assessoria de imprensa UBES
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Debatedores do I Seminário sobre a Política de Assistência Estudantil concordam que aluno deve se dedicar somente aos estudos.

Benefícios da assistência estudantil são direitos e não devem exigir contrapartidas do aluno. Essa foi a posição defendida por debatedores e participantes do I Seminário sobre a Política de Assistência Estudantil: desafios e perspectivas. O seminário acontece até quarta-feira, 9 de dezembro, no Auditório Dois Candangos.

“As únicas contrapartidas devem ser os objetivos do aluno dentro da universidade: a formação acadêmica e pessoal com qualidade”, afirmou a decana de Assuntos Comunitários da UnB, professora Rachel Nunes.

O professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Gabriel Palafox argumentou que a política assistencial não pode nem deve colocar nenhuma condição a não ser estudar e tirar boa nota. “Essa lógica mercadológica de que o estudante tem de oferecer algo em troca tem de ser superada”, critica.

O aluno de pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás (UFG) Suélio Araújo acredita que os estudantes de baixa renda que recebem benefícios têm o mesmo direito que os demais de se dedicar exclusivamente aos estudos. Na UFG, os discentes que recebem a Bolsa Permanência, um auxílio de R$ 220, precisam trabalhar 20h semanais na própria universidade, em sua maioria em atividades administrativas.

“Como esse aluno de baixa renda vai competir com os de classe média que podem se dedicar somente aos estudos e têm tempo para fazer estágio em sua área de atuação?”, questiona Suélio. Ele defende ainda que é direito do estudante ter tempo para atividades culturais e de lazer porque elas também enriquecem a formação do aluno.

INDICADORES – O gestor governamental do MEC Lucas Ramalho lembrou a necessidade de se criar indicadores para medir a eficácia das políticas de assistência estudantil no Brasil. “É preciso mostrar os resultados para garantir a continuidade dessas políticas em um quadro de mudança de governo em 2010”, explicou. O gestor sugeriu medir taxas de conclusão da graduação ou de evasão escolar para que se tenha um cenário de avaliação.

A decana Rachel Nunes lembra que o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) do MEC é recente, foi implantado em 2008, e por isso há dificuldade em definir indicadores. Mas acredita que até 2010 já seja possível levantar dados para comparar. E reforça: “Indicadores também são importantes para mostramos para a sociedade como o recurso está sendo investido e para podermos avaliar as políticas e atender cada vez melhor os alunos”.

Participaram da mesa de debates desta terça-feira o professor da UFU Gabriel Palafox, o pró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária da UFG Ernando Filizzola, a diretora de Apoio e Integração Acadêmica da UnB, Nina Laranjeiras e a coordenadora de Apoio e Pós-Graduação da UnB, Georgete Rodrigues. O reitor da UnB José Geraldo Junior e a secretária de Educação Superior do MEC Maria Paula Dallari Bucci participaram da mesa de abertura. As atividades do seminário nesta quarta-feira começam às 8h30 no Auditório Dois Candangos.

Fonte: site da UnB.
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sábado, 12 de dezembro de 2009

Alunos caculeenses são destaques nacional

Estudo levado a sério:

Natália Souza Santos conquista 5º lugar na seleção do Soletrando na Bahia. A aluna da 6ª série, do Vespasiano Filho, passou primeiramente na classificação realizada em Caculé e, em Salvador, participou da seleção do Soletrando (quadro do programa Caldeirão do Huck). Natália concorreu com 47 estudantes para definir o representante da Bahia no programa e conquistou o 5º lugar, demonstrando seu empenho e dedicação nos estudos. “Mesmo não conseguindo o 1° lugar, me senti vitoriosa por representar minha cidade.” alegou a aluna. Os caculeenses estão orgulhosos e torcem pela próxima tentativa.


Caculé também faz nome no esporte

Gabriel Lourenço dos Santos, aluno da Vespasiano Filho, ficou em 3º lugar no Campeonato Nacional de Karatê, re
alizado em Taboão da Serra, São Paulo, no mês de novembro.









Já morando em Salvador, Arthur Caculé, como é mais conhecido, joga no Juvenil do Vitória e conquistou o tetracampeonato baiano, no clássico Ba-Vi, no Estádio Manoel Barrados, no último 28 de novembro.












Publicado em: http://www.cacule.ba.gov.br/





Moradia Estudantil: um Direito à Cidade




















Frederico Perez Rodrigues Lima, Wanderson Pimenta, Efson Batista Lima e Glória Cecília Figueiredo[1].

Segundo estimativa da Associação de Casas de Estudantes da Bahia (ACEB), existem em Salvador cerca de 50 (cinqüenta) residências estudantis, que abrigam em torno de 1.000 (mil) estudantes, na sua maior parte universitários, mas também secundaristas, em imóveis mantidos pelas Universidades ou Prefeituras Municipais[2]. Este contingente populacional é formado por estudantes, originários de famílias de baixa renda, sendo imigrantes oriundos de outros municípios ou estados e que precisam exercer seus direitos à moradia e à cidade[3] no período dedicado às suas formações.
Tanto o percentual de concluintes em relação ao número de alunos que ingressaram quatro anos antes nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, que é de 58,1% (MEC/INEP, 2009), como o dado de que as despesas com Financiamento Estudantil correspondem ao menor percentual (1,7%), dentre os tipos de despesas efetuados pelas Instituições Federais de Ensino Superior (INEP, 2009), indicam os entraves de uma ampla democratização do acesso à universidade, sendo que as necessidades por moradia estudantil participam de tal problemática.
Neste cenário, a demanda por residências estudantis é comumente tratada em uma abordagem de reivindicação por Políticas Públicas de Assistência Estudantil colocada principalmente pelo Movimento Estudantil Universitário[4], mas é pouco problematizada ou compreendida dentro do debate do acesso aos direitos à moradia digna e à cidade, sendo crucial articular essas dimensões, na perspectiva de avançar na promoção dos direitos sociais deste segmento - jovens estudantes de baixa renda - e dos grupos sociais que o constituem, atualizando a premência da democratização do acesso à Universidade, já que há uma problemática das residências estudantis marcadas pela ocorrência de déficit habitacional básico[5] e inadequação de domicílios urbanos[6], pra ficar na categorização difundida pela Fundação João Pinheiro (2006).
A ocorrência de déficit por incremento de estoque é evidenciada pela parcela significativa dos estudantes que demandam moradia estudantil e que não estão atendidos, a julgar pelos dados da Associação Nacional dos Dirigentes das IFES (Andifes), que mostram que apenas 10,1% do total de alunos dessas instituições são beneficiados por algum programa de assistência estudantil, apesar de 44,3% dos estudantes das mesmas pertencerem às denominadas classes C, D e E (UNE, 2006). Já a inadequação de domicílios se manifesta nas inúmeras situações de adensamento excessivo, alto grau de depreciação dos imóveis e carência de infra-estrutura, muito comuns no cotidiano dos estudantes residentes (a esse respeito ver matéria “Teto desaba na residência universitária da UFBA” no site http://www.aratuonline.com.br/2009/videos/1933).
Considerando o exposto até aqui, a demanda por moradia estudantil deve, por um lado, ser entendida na sua diferença dentro do quadro das necessidades habitacionais e de direitos sociais, saindo da recorrente e despolitizada generalização feitas no uso da categoria déficit habitacional, e de suas variantes, que invisibilizam as especificidades dos diferentes grupos sociais. E por outro deve ser colocada como reivindicação por uma inserção territorial em espaços qualificados da cidade, de forma a especificar o direito à cidade ou o acesso à centralidade reivindicado pelos estudantes em situação de vulnerabilidade, tais como, a implantação de residências em áreas centrais, próximas às unidades de ensino superior, com oferta dos serviços, infra-estruturas e equipamentos necessários à garantia da vida e do processo de formação desses agentes, dentre os quais destacamos redes de internet, livrarias, restaurantes populares, equipamentos de saúde, espaços culturais e de lazer.
Um aspecto crucial que deve ser ressaltado é que as residências estudantis por abrigarem diversas coletividades conviventes que instituem usos e ocupações compartilhados e comunais, possibilitam a constituição de apropriações coletivas do espaço, através de vivências de novas práticas, somente introduzidas pela diversidade de experiências, que essa condição permite. Muitas vezes é a existência de residências estudantis que impede a completa dominação e segregação socioespacial pelos agentes hegemônicos, como por exemplo, as residências da UFBA localizadas no Canela e no Corredor da Vitória em Salvador, que imprimem assim “contra-racionalidades” (SANTOS, 2008) alternativas. Diante disso, assumir a perspectiva de fortalecimento da formação e apropriação de espaços coletivos, que as residências propiciam, significa ir de encontro com a solução da bolsa-moradia (recurso pra aluguel individual), que já vem sendo praticada por algumas universidades públicas, a exemplo da UFBA[7], seja porque tal solução submete a demanda por moradia estudantil aos constrangimentos e interesses do mercado imobiliário, que preconizam o afastamento dos estudantes das centralidades valorizadas, além de desresponsabilizar o Estado com custos não incluídos no valor de aluguel (condomínio, tarifa de energia elétrica, alimentação) que passam a ser dos estudantes, seja porque propõe uma distribuição fragmentada dos estudantes no território, revelando uma estratégia segregacionista.
A perspectiva transformadora colocada acima, ganha força a partir do reconhecimento das contestações e reivindicações por moradia estudantil, entendidas enquanto demandas específicas de grupos sociais vulneráveis. As particularidades de tais demandas, longe de inviabilizar a constituição de identidades políticas mais amplas, se colocam enquanto unidades básicas da ação social, fazendo emergir atores emancipatórios e por trás das quais encontram-se associações e afetos mais amplos, que as contaminam e transformam na expressão de tendências muito mais gerais (LACLAU, 2008, p. 27 e 28). Assim coloca-se um sentido diferenciado de democracia, através das lutas sociopolíticas dos segmentos populares e excluídos e da explicitação dos conflitos que elas encerram, com a perspectiva não apenas de garantia de direitos, mas também de criação de direitos novos (CHAUÍ, 2005, p. 23 a 30).
Imbuídos deste sentido torna-se fundamental dialogar com a plataforma do Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU)[8], construindo o entendimento que a demanda por moradia estudantil integra a luta geral pelo direito à cidade, sendo que a manutenção das residências atuais e a implantação de novas residências requer a utilização dos instrumentos de democratização da terra urbanizada, de captação de mais valia urbana e de democratização da gestão, disponibilizados pelo Estatuto da Cidade. A partir deste diálogo a ACEB reivindica dos Poderes Públicos as seguintes ações:
§ Demarcação de Zonas Especiais de Interesse Social nos imóveis que abrigam as atuais residências, no sentido de inibir a pressão do mercado imobiliário pelas suas desocupações, bem como em imóveis vagos da área central de Salvador, que não estão cumprindo sua função social, para implantação de novas residências estudantis, com aquisição dos mesmos, através da execução de dívidas tributárias, incidentes sobre os mesmos, com a utilização do instrumento d’ação em pagamento.
§ Disponibilização de imóveis públicos ociosos e ou sem destinação para implantação de novas residências estudantis, tais como diversos imóveis do IPAC no Pelourinho e do patrimônio imobiliário da União.
§ Criação no âmbito dos Governos Federal e Estadual de Programas de investimentos específicos de Habitação de Interesse Social, voltados à construção de novas residências e melhorias das atuais, sendo que os recursos disponibilizados deverão ser executados via Prefeituras ou Governo do Estado, com controle social pelas organizações dos estudantes.
§ Participação das representações dos estudantes residentes na gestão democrática e no controle social das residências.
§ Assento das representações dos estudantes residentes nos Conselhos municipal e estadual das cidades ou similares.
§ Incorporação das demandas específicas por moradia estudantil no Plano Municipal de Habitação.
Referências Bibliográficas
ARATUONLINE. Teto desaba na residência universitária da UFBA. Matéria publicada e disponível no site . Acesso em 27/out/2009.
CHAUÍ, Marilena. Considerações sobre a democracia e os obstáculos à sua concretização. In: TEIXEIRA, Ana Claudia Chaves (Org.). Os sentidos da Democracia e da Participação. São Paulo: Instituto Pólis, 2005.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Centro de Estatística e Informações. Déficit Habitacional no Brasil: Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas. 2. ed. Brasília, 2006.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Despesa Liquidada do Governo Federal em Educação, segundo a Natureza de Despesa - Brasil – 2006. Disponível em . Consulta em 27/out/2009.
Ministério da Educação (MEC) - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Resumo Técnico: Censo da Educação Superior 2007 - Tabela 14. Percentual do Número de Concluintes em relação ao Número de alunos que ingressaram quatro anos antes - 2002-2007. Brasília, 2009.
LACLAU, Ernesto. Debates y combates: por un nuevo horizonte de La política. 1ª Ed. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2008.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2008.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4 ed., 1. reimp., São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
União Nacional dos Estudantes (UNE). UNE pressiona e reserva 10% do orçamento da educação para assistência estudantil. Matéria publicada no site da UNE em 25/nov/2006. Disponível em <>. Consulta em 27/out/2009.
[1] Frederico, Wanderson e Efson são coordenadores da Associação de Casas de Estudantes da Bahia (ACEB). Glória Cecília é Urbanista graduada na UNEB e Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFBA.
[2] Atualmente a ACEB está realizando pesquisa para identificação dessas residências, com caracterização das suas instalações e das condições dos estudantes que vivem nas mesmas, com o objetivo de precisar a demanda por moradia estudantil em Salvador para subsidiar a elaboração e implementação de políticas públicas de promoção do direito à cidade desse segmento específico.
[3] A compreensão de direito à cidade nesse texto tem referência na concepção proposta por Henri Lefebvre que o entende como “direito à vida urbana, transformada, renovada... ‘o urbano’, lugar de encontro, prioridade do valor de uso, inscrição no espaço de um tempo promovido à posição de supremo bem entre os bens, encontre sua base morfológica, sua realização prático-sensível (...)” (LEFEBVRE, 2008, p. 118).
[4] Das poucas informações disponíveis sobre este tema no site da União Nacional dos Estudantes (2006), há uma matéria de 2006, segundo a qual a Diretora da UNE Márvia Scardua afirmava que ano após ano a UNE tem pressionado os parlamentares para garantir verba de assistência estudantil, sendo que a negociação e pressão dessa entidade na Comissão de Educação garantiu que o orçamento de 2007 tivesse R$ 20 milhões destinados às políticas de assistência estudantil nas Universidades Federais, valor correspondente a 10% da verba aprovada para as Instituições de Ensino Superior (IFES), naquele ano. Na compreensão da UNE as políticas de assistência estudantil referem-se à execução de ações de inclusão e apoio aos estudantes carentes que apesar de ingressarem em universidades públicas demandam investimentos para custear livros, passagens, alimentação, inclusão digital, saúde e moradia estudantil para aqueles oriundos de cidades do interior, sendo que essa entidade defende a criação de um Plano Nacional de Assistência Estudantil e o aumento de 9% para 14% de recursos destinados pelas instituições federais a estas políticas (UNE, 2006).
[5] O conceito de déficit habitacional básico utilizado pela Fundação João Pinheiro corresponde às deficiências por estoque de moradias, seja por necessidade de reposição do estoque, seja por necessidade de incremento de estoque (2006).
[6] A inadequação de domicílios urbanos refere-se as seguintes categorias e situações: carência de infra-estrutura, relativa aos domicílios que não dispunham de ao menos um dos serviços básicos de iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo; adensamento excessivo, corresponde a ocorrência de um número médio de moradores superior a 3 por dormitório; inadequação fundiária diz respeito aos casos em que pelo menos 1 dos moradores tenha a propriedade da moradia , mas não possui total ou parcialmente o terreno ou a fração ideal de terreno; e domicílios sem banheiro são aqueles com ausência de unidade sanitária (idem).

[7] O Reitor da UFBA, Naomar Almeida, propõem uma bolsa-moradia para pagamento de aluguel no valor de R$ 250,00 por estudante que deseje sair das residências, mas a maior parte dos estudantes residentes não aceitou essa proposta.
[8] O FNRU derivou do Movimento Nacional de Reforma Urbana (MNRU), que surgiu na década de 1980 articulando um conjunto significativo de organizações do movimento popular e entidades técnicas e profissionais ligadas a luta pela Reforma Urbana, tendo como pano de fundo as lutas pela democratização do país em reação ao derradeiro regime da ditadura militar. Foi responsável pela proposta de Emenda Popular da Reforma Urbana (Nº 63/1987), que deu origem ao até então inédito Capítulo da Política Urbana na Constituição Federal de 1988 (Arts. 182 e 183) e a luta que levou à aprovação do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001).


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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Professor da UFBA defende tese sobre efeito do manganês na inteligência

O professor José Antônio Menezes Filho, de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da UFBA, defende doutorado em Sáude Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública (Fiocruz), no Rio de Janeiro, na quinta-feira (10). Na tese "Níveis elevados de manganês e déficit cognitivo em crianças residentes nas proximidades de uma metalúrgica de ligas de ferro-manganês na Grande Salvador, Bahia", ficou constatado que a população de Cotegipe, município de Simões Filho, sobretudo as crianças, tem altos níveis de manganês no organismo. Este metal, um elemento essencial em baixas concentrações, é um potente agente neurotóxico quando em altas concentrações. Na pesquisa ficou evidenciado que este contaminante se origina dos fornos da eletro-siderúrgica de ligas de ferro-manganês às margens da BR 324, no Km 30. Foi observado que os níveis de manganês nos cabelos das crianças estavam associados ao déficit cognitivo, quando ajustados pela escolaridade materna e estado nutricional da criança. Foi também constatado efeito similar no desempenho das mães em um teste de inteligência, independentemente de sua escolaridade, idade e renda familiar. O autor levanta a hipótese de que as crianças podem estar sendo afetadas duplamente, pois o desenvolvimento da criança depende diretamente da inteligência materna.
Fonte: UFBA em pauta www.portal.ufba.br

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pró-reitor da UFBA em defesa da REG

Em carta aberta encaminhada aos estudantes de Guanambi, o Pró-reitor de Assistência Estudantil da UFBA, Álamo Pimentel, se solidariza com a REG, enfatizando a necessidade das moradias estudantis na capital do Estado: "Na condição de Pró-Reitor de Assistência Estudantil da Universidade Federal da Bahia e represantante do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis congratulo-me com todos os parlamentares, representantes políticos, estudantes, familiares e membros da comunidade de Guanambi que neste momento congrefam-se em torno da defesa da consolidação da Residência Estudantil de Gunambi em Salvador.

Álamo Pimentel, pedagogo e doutor em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, portanto, especialista na área, deixa claro que "defender uma política de moradia estudantil é defender condições de dignidade para o investimento na educação superior na luta pela transformação social, cultural e econômica do nosso povo"

Casa própria para a REG: nossa vitória, vitória do povo!

Postado por Residência do Estudante de Gunambi as 22:24, sexta-feira, 04 de dezembro de 2009.

Conselho Municipal de Educação: Moção de apoio a REG

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANAMBI
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Praça Henrique Pereira Donato, 90 - Centro/Guanambi/Ba
CNPJ - 13.982.640/0001-96
Moção de Apoio

O Conselho Municipal de Educação (CME) de Guanambi vem por meio desta monção manifestar total apoio aos/as Estudantes/moradores(as) Guanambienses da Residência Estudantil de Guanambi (REG).
Compreendemos como necessária e urgente a compra da casa própria sendo que a mesma é uma luta histórica dos moradores da REG.
Entendendo que os/as Estudantes/moradores(as) da REG lutam incansavelmente não só por uma Educação pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada, mas também por uma forma de sociabilidade igualitária verdadeiramente humana radicalmente diferente da que está posta.
Nesse sentido repudiamos as manifestações sectárias/reacionárias de pequena parcela da população sobre posse da casa própria.
Porantanto o Conselho Municipal de Educação de Guanambi apóia a luta dos/das Estudantes/moradores(as) organizados(as) que se mobilizam pela aquisição da casa própria.
"para os que erraram, mas souberam aprender com a lição dos revezes, os que já levaram tanta porrada, mas não desanimam e continuam firmes no seu amor revolucionário, fazendo sua parte todos os dias - em qualquer lugar do mundo - pela redenção dos injustiçados e oprimidos. (Thiago de Mello in poesia comprometida com a minha e tua vida)
Atenciosamente,
Paulo Vinícius Santos Sulli Luduvice
Presidente do CME - BA
Postado por Residência do Estudante de Guanambi às 11:08, em 08 de dezembro de 2009.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pratique coleta seletiva e ganhe desconto no IPTU

Visando icentivar a reciclagem e minimizar os danos ao meio ambiente, está em vigor a Lei Municipal PROSEL - Programa de Apoio à Coleta Seletiva do Lixo. Ao participar da Coleta, os cadastrados receberão o Certificado de Incentivo Fiscal de Colaboração Ambiental e serão beneficiados com a redução de 20 % no valor do IPTU relativo ao ano seguinte. Interessados devem se cadastrar na Secretaria de Assistência Social, no mês de dezembro de cada ano.
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Sítio Oficial da Administração Pública de Caculé, em 01 de dezembro de 2009.

Depoimento emocionante do jornalista Ari Donato em favor da REG


Meus caros companheiros




Na segunda metade da década de 1970 participei da luta dos estudantes de Guanambi, da criação do Centro Estudantil de Guanambi (CEG) e da Residência dos Estudantes de Guanambi (REG). Um período de tempos difíceis, basta focar a história política deste País, mas nem por isso aqueles jovens idealistas, sonhadores, desistiram da empreitada.

Sou um dos beneficiários do fruto dessa luta: humanização, formação cultural e política, cidadania, reconhecimento do valor da democracia e, mais especificamente, amor a Guanambi. Esses valores e outros, que conheci com o CEG e a REG, muito contribuíram para a minha formação.

Dezena de guanambienses, homens e mulheres, formados nesta mesma hoste, sejam médicos, advogados, engenheiros, comerciantes, comerciantes, empresários ou profissionais outros, depois de se beneficiarem com a REG, agora repassam à população serviços benéficos à comunidade.

Posso testemunhar: CEG e REG deram visibilidade a Guanambi e aos estudantes em tempos tenebrosos.

Quem quer, agora, escurecer isso?

Por experiência, sei que a reação à liberdade e aos direitos democráticos, como ocorreu naqueles sinistros tempos, chega das mais diversas formas e se manifesta pelos mais diversos meios .

Escrevi minhas primeiras matérias para o jornal A TARDE, à mão, no início de 1978, de um dos quartos da REG, em Salvador. Testemunho a seriedade do trabalho dos companheiros da REG, que prosseguiu anos depois, e reafirmo meu apoio a todos eles.


Ari Donato - Jornalista

Postado por Residênci do Estudante de Guanambi as 13:56, em 05 de dezembro de 2009.